Virgem na mata
Cercada por vários terçados à mão
Cortaram – lhe os pés
Vi sua pureza, entocada beleza, jogada no chão
Virgem
Não grita, não berra
Seu corpo na terra
Marcaram sua pele, pra circuncisão
Braços caídos, corpo invadido
Interno dividido
Seu resto espalhado
Seu bucho esticado
Deixado de lado
Não servirão
O buraco, a falha
Luz que adentra
No raio que enfrenta
Na mata que rompe sua escuridão
Corpo cortado, resto deixado
A folha que sobra
Que seca no chão
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